O conflito entre Irã e Israel ultrapassou fronteiras e chegou ao plenário da Câmara Municipal de São Luís nesta terça-feira (17), onde uma acalorada discussão expôs visões opostas entre os vereadores Wendell Martins, Flávia Bertier e Marquinhos.
Durante a sessão, Wendell Martins fez um firme apelo pela paz entre as nações, destacando a importância do diálogo e da diplomacia. Ele relembrou o histórico exemplo do rei Balduíno IV e de Saladino, que mesmo em lados opostos das Cruzadas, conseguiram manter o respeito e evitar confrontos sangrentos. “A história mostra que é possível resolver conflitos com sabedoria. Não podemos normalizar a guerra. A paz precisa ser o caminho, sempre”, defendeu.
Por outro lado, os vereadores Flávia Bertier e Marquinhos se posicionaram de forma radicalmente oposta. Ambos declararam que, diante do atual cenário geopolítico, acreditar na paz seria ingenuidade. Segundo eles, Israel jamais demonstrou real interesse pelo diálogo. “Israel não é santa como muitos pregam. Nesse conflito, não há espaço para neutralidade, e a guerra é inevitável”, declarou Flávia. Marquinhos reforçou a fala afirmando que, diante da postura do Estado israelense, “responder com força é a única linguagem compreendida”.
A discussão evidencia não apenas o impacto do conflito internacional nas esferas locais de poder, mas também o abismo ideológico entre representantes públicos. Enquanto Wendell Martins prega a PAZ, o entendimento e o respeito entre as nações, os vereadores Marquinhos e Flávia Bertier ecoam discursos que flertam com o ÓDIO e a GUERRA.
O embate entre os parlamentares maranhenses levanta uma importante reflexão: em um mundo cada vez mais polarizado, que tipo de discurso deve prevalecer nos espaços de poder?