São Luís, 8 de junho de 2025 – O suplente de deputado federal Allan Garcês, atualmente no exercício do mandato, viveu no último sábado (7) um retrato do desgaste que enfrenta junto à base conservadora do Maranhão. O evento promovido por ele, intitulado “Em Defesa da Vida”, realizado no auditório do Multicenter Sebrae, teve adesão modesta, com estimativas que apontam a presença de, no máximo, 200 pessoas — cenário bastante aquém do esperado para quem buscava demonstrar força política.
A tentativa de reunir lideranças da direita nacional esbarrou em ausências significativas. Nomes como o senador Magno Malta, o deputado federal Gustavo Gayer e o também deputado André Zucco, que chegaram a aparecer em vídeos ao lado de Garcês, não compareceram ao evento. A ausência de engajamento dos aliados foi tamanha que até mesmo o deputado Nikolas Ferreira, conhecido por sua ampla atuação nas redes sociais, não gravou nenhum vídeo chamando o público maranhense a participar.

O esvaziamento do ato evidenciou o distanciamento de Garcês com os setores da direita mais fiel ao bolsonarismo. Uma das principais queixas contra ele é o fato de não ter assinado o requerimento de abertura de impeachment contra o presidente Lula, além de ter votado favoravelmente ao governo em cerca de 69% das vezes, conforme apontam plataformas de monitoramento legislativo.

Além disso, críticos afirmam que Garcês ascendeu ao cargo mais por conveniência política — ao assumir a vaga deixada por André Fufuca, que foi nomeado ministro — do que por força popular. Essa narrativa tem contribuído para o rótulo de “traidor” entre antigos aliados, o que pode comprometer seriamente seus planos eleitorais para 2026.
O que esperar?
O cenário do último sábado pode ser um indicativo do que aguarda o parlamentar nas urnas. Sem base sólida, sem apoio consistente e com credibilidade arranhada, Allan Garcês terá que enfrentar um caminho tortuoso caso deseje manter-se no cenário político maranhense.